segunda-feira, 4 de julho de 2011

Juventude em risco no alcoolismo

As bebidas alcoólicas que são vendidas em baladas, boates e estabelecimentos públicos ganham cada vez mais a presença de adolescentes com faixa menor de idade no consumo desenfreado.

Por: Leandro Massoni

Muitos desses jovens dessa nova geração, entre seus 20 e 30 anos, ou que já começam a despertar para o mundo da maioridade, na faixa entre 18 anos, costumam freqüentar bares, casas noturnas e festas entre amigos, virando a noite, voltando para suas casas somente no dia seguinte. Mas o que não é comum nesses últimos tempos é o número de casos de jovens envolvidos no consumo de bebidas alcoólicas que vêm aumentando. As pesquisas apontam que jovens entre 15 anos começam a beber por costumes familiares ou quando freqüentam as baladas com amigos.

Uma pesquisa feita pelo levantamento nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira revela que mais de 27% dos jovens que freqüentam bares ou baladas consomem bebidas alcoólicas, sendo que os números para os homens são de 28%, e para as mulheres, de 23%. Na faixa de idade, o consumo fica em torno de 38% para os jovens de 18 a 24 anos, e dos 25 aos 34 anos, fica a 26%.


Tabela do consumo de bebida alcoólica por localidade, sexo, faixa etária e região do país

Local

Total

Sexo

Idade

Região

M

F

18/24

25/34

NO

CO

NE

SE

SUL

Bar/Restaurante próximo à Escola

5%

6%

3%

4%

3%

7%

7%

8%

3%

8%

Bar/Balada

27%

28%

23%

38%

26%

37%

18%

34%

27%

13%

Casa de amigo

11%

13%

9%

16%

10%

5%

27%

12%

11%

8%

Casa de parentes

9%

8%

11%

7%

11%

7%

6%

9%

13%

4%

Evento esportivo

1%

1%

0%

1%

2%

0%

0%

0%

1%

1%

Festa

17%

16%

19%

19%

20%

14%

7%

14%

12%

35%

Restaurante

2%

1%

4%

1%

2%

6%

0%

2%

1%

3%

Sua casa

23%

22%

24%

13%

22%

22%

29%

18%

24%

26%

Outro

5%

5%

7%

1%

4%

2%

6%

3%

8%

2%

Fonte: www.espacocomenius.com.br

Quanto em relação a preferência por parte do pessoal mais jovem, a tradicional cerveja é a campeã entre o consumismo em bares, boates e baladas, com 52%, sendo um número significante. O vinho vem logo atrás com 35%, destilados (Cachaça, Rum, Uísque, Vodca, etc.) aparecem com apenas 7%. Os energéticos, uma das principais bebidas que vêm crescendo nestes últimos tempos, são novas alternativas para os jovens que gostam de passar as noites, cheios de energias e com muita disposição, como se

estivessem “ligados” em uma adrenalina pulsante. Doces, levemente gaseificadas e com sabores de frutas, os energéticos estão em suspeitas das autoridades de saúde e fiscalização, pelo que podem fazer mal ou ajudarem o organismo. Segundo matéria realizada pela Revista Veja, a psicóloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ilana Pinsky, relata que o consumo dos energéticos podem ser considerados um perigo a mais, apesar de terem teor alcoólico igual ao das cervejas.

Fonte: www.espacocomenius.com.br

Os locais para a comercialização de bebidas alcoólicas e pontos de referência acabam sendo os bares, padarias, em frente de casas noturnas, baladas e até mesmo em frente a escolas e onde tenha movimento de jovens, sendo uma forma indireta de atraí-los para um alcoolismo prematuro. Esse tipo de venda é considerado irregular pela fiscalização, pois muitos proprietários de estabelecimentos fazem a comercialização para menores, sem a solicitação de documentos. Segundo pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela Unifesp, mais de 90,4% dos donos de bares admitiram não ter checado a idade dos consumidores adolescentes antes de serem feitas as vendas de bebidas, e 80% nunca solicitaram documentos. Dentre esses números, 76% dos vendedores não fazem qualquer tipo de controle quanto a quantidade de bebidas que um cliente pode consumir.

Nenhum comentário: