sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Lenda de “Gento Ryotetsu”

Jornalista Heródoto Barbeiro expõe sua vida profissional e revela momentos em sua jornada diária pelo jornalismo

Por: Leandro Massoni


Considerado por muitos como “Mestre” pelo seu histórico e vida profissional em favor de um jornalismo mais ético e consciente, Heródoto, com seus 62 anos, esbanja serenidade e compromisso com seus ouvintes e tele-espectadores. Com disposição de uma pessoa mais jovem, busca na meditação manter o controle e aparentar sempre o bom humor junto a uma árdua jornada de trabalho que começa logo de manhã.

Mal começa o sol raiar e o jornalista inicia suas atividades. Toma um café balanceado preparado por sua esposa e ex-aluna de Heródoto, Walkíria dos Santos, de 48 anos, diz ser muito comum viver nesta mesma rotina. Até os próprios vizinhos já se acostumaram pelo modo de vida frenético logo de manhã. O casal ainda possui dos filhos: Maurício, de 28 anos é dono de uma loja de roupas em Santos, e Guilherme, de 27, está tirando o certificado de piloto de helicóptero.

Heródoto já trabalhou com o pai. Dono de bar no Parque Dom Pedro II, que passou a ser uma oficina onde ali nosso personagem já teve seus trabalhos como ajudante e office-boy. Atropelado por um bonde aos 6 anos, conta que se não fosse o motorneiro que o salvasse, não viveria para contar detalhes.

Como um dos principais de veículos de locomoção, a Kombi branca já virou referência. Costuma pegá-la muitas vezes para viajar para seu sítio em Taiaçupeba, interior de São Paulo. Já as 5h35, ainda pela manhã, está reunido com o pessoal da edição do Jornal da CBN de rádio. São mais de 15 anos dedicados a emissora, em três horas e meia por dia de notícias no horário nobre do rádio. Heródoto, por muitas vezes, é pego fazendo seus alongamentos diários.

Como uma forma de tirar a tensão psicológica em razão a sua rotina, o “mestre” passa a virar “monge” em suas sessões de meditação durante as horas de almoço. Foi daí que surge o apelido “Gento Ryotetsu”, nome do patriarca budista que o adotou quando passou a freqüentar o templo na Rua São Joaquim, na Liberdade. O hábito de meditar é uma das formas onde possa buscar o equilíbrio e a preparação para o resto do dia. Costume que se deu origem a um convite de seu professor de história oriental na USP.

Barbeiro sempre gostou de escrever livros sobre jornalismo (muitos deles o jornalista mal consegue lembrar) e praticar palestras sobre o tema. Mas hoje não encontra espaço devido a sua rotina diária de trabalho intensivo. Antes, exercia aulas no curso do Objetivo.

Chega a TV Cultura por volta das 17h20, após dormir uma hora em casa. E há mais de 13 anos na casa, o jornalista recebe o mesmo tratamento dado na CBN. O “mestre” chega brincando com seus colegas, negando algumas histórias que circulam na redação sobre ele. Nos camarins, a preparação é total. Heródoto se conforma pelo fato de sua aparência e coloca em uma seguinte frase: “Quanto mais velho, mais tempo demora na maquiagem...” – Fazendo uma ironia quanto a sua idade.

Prestes a apresentar o telejornal, ás 18h55, Heródoto grava algumas chamadas com as notícias mais importantes que irão para o ar, para finalmente, depois de uma hora, o jornal entrar no ar. Seu dia termina por volta das 11 horas da noite, e então, segue para sua casa onde descansará para mais um dia de trabalho normal.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A prévia do que se passa hoje

O filme “A Montanha dos Sete Abutres” descreve a situação que os mineiros soterrados no Chile passaram e como a imprensa esteve sempre atenta a novas notícias do caso.

Por: Leandro Massoni


Parece ser apenas mais uma ficção. Uma história passada em um filme muito antigo, que hoje, a mesma situação deste se reflete para o mundo. O caso dos mineiros chilenos presos no subterrâneo no ano passado em relação ao filme dirigido por Billy Wilder revela uma previsão, que por muitos, não imaginariam que este fato poderia ser vinculado ao que havia sido produzido nos anos 50.

O filme conta a história de um jornalista que havia sido demitido de muitas redações por diversos motivos, e que decide escrever uma grande historia, constituída de fatos muito fortes, para melhorar a sua credibilidade com a redação aonde trabalhava e não noticiava grandes notícias. Nesse caso, de um mineiro que procurava por relíquias preciosas que acaba ficando preso na chamada Montanha dos Abutres. Considerando que o local era mal-assobrado e de lendas que causavam nos moradores de uma pacata cidade o medo e o terror da montanha, o jornalista interpretado por Kirk Douglas usava destes argumentos e criou uma atmosfera extensa pela cidade. A imprensa fazia uma cobertura abrangente sobre o caso. Notícias diárias sobre o resgate do mineiro. A idéia de transformar do local em um circo, ou um ponto atrativo, fazia com que as agências de imprensa noticiassem sem parar, crescendo os índices de captação do público, dando retornos positivos e transformando um fato em sensacionalismo. Quem se beneficiava mais era o jornalista que havia construído toda a história. Sabendo que o mineiro sofria preso na montanha e com baixa imunidade, após sua morte, o jornalista comunica a todos sobre seu falecimento, e o fato que ganhava repercussões, acabou tendo seu fim trágico e sem mais o acompanhamento maciço da imprensa.

O documentário “Sem Fronteiras”, exibido pela Globo News, relatava sobre o caso dos chilenos soterrados, pelo sofrimento de parentes e de pessoas que se sensibilizaram pelo acontecimento. Esse fato torna concreto com o que foi apresentado no filme “A Montanha dos Sete Abutres”, pela sua relação com o fato e pelo grande acompanhamento da imprensa em torno. O filme satiriza a imprensa pelo sensacionalismo injetado, prolongando mais o resgate do mineiro em razão da repercussão e do ganho de lucros encima do fato.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Jornalista e professor

Por: Leandro Massoni


Luis Henrique Marques é natural de Bauru, no interior paulista de São Paulo. Cursou a universidade de sua cidade até os anos 90, quando se formou em comunicação social, na área do jornalismo.

Luís Henrique possui características como a seriedade e a calma para decisões e idéias. Religioso, é centrado em suas opiniões e seus ideais.

Atualmente é professor universitário na Unip do Campus Norte. E trabalha como editor-chefe na edição de uma revista que trata sobre assuntos religiosos, voltado para o catolicismo. Luís Henrique também publicou um livro em sua autoria que tratava sobre as técnicas para redação em jornalismo.

Dentro da sala de aula consegue administrar a aula com empenho. Com seu jeito e suas atitudes, os alunos remetem a idéia de um “padre”, como apelidado de “Monsenhor”, por parte dos alunos.

Luís Henrique sempre é aberto para debates e discussões, analisando os acontecimentos passados envolvendo os conflitos entre a religião e o estado, fazendo tese sobre os dias de hoje e as grandes diferenças para aquela época. Entretendo a participação da sala com seu conteúdo programático.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Realizado por ser jornalista

José Alves Trigo, jornalista e professor universitário, abre o jogo e revela suas grandes conquistas profissionais e pessoais, descrevendo suas origens

Por: Leandro Massoni



De infância humilde, José Alves Trigo nasceu em Juquiá, no interior paulista. Filho de Ramiro Trigo e Dalvina Trigo, aos 50 anos, é casado e possui dois filhos. Possui gosto musical pelo jazz, rock progressivo e MPB. Trigo afirma que duas coisas são essenciais na vida profissional: O talento naquilo que faz e a sorte por conseguir boas colocações no mercado de trabalho.

Começou sua carreira no jornalismo no jornal Tribuna de Santos como correspondente, fazendo notícias regionais. Havia trabalhado na revista Som três, de música, da Editora Três, onde conheceu figuras jornalísticas como Maurício Kubruski. Fazia entrevistas com cantores conhecidos e bandas como Kiss e RPM. Atuou também na Folha de São Paulo da região santista. Trigo comenta que uma de suas matérias que a considera como a melhor foi sobre o desabamento de uma ponte que interligava São Paulo a Coritiba.

Em 1979, surge o convite para trabalhar na Revista Veja. Um dos fatos mais curiosos foi que, ao chegar na edição, o próprio diretor da revista pergunta se ele havia feito o teste de admissão. Sem poder contar com apenas a indicação, Trigo, ao fazer o primeiro teste na máquina de datilografia, teve péssimo resultado. Na segunda tentativa, em outra máquina, se saiu melhor, e acabou sendo contratado. A revista exigia a faculdade na área. Entrou na FIAM, se formando em 1989. Ainda concluiu o mestrado de três anos na Faculdade Cásper Líbero. O jornalista revela que nunca tinha pego exames ou os chamados “DPs”, e que sempre se considerava como um aluno exemplar, mas que também não deixava de beber com seus amigos depois das aulas.

Uma de suas maiores realizações na vida profissional foi fazer parte do núcleo da Folha de São Paulo (na Capital), onde ficou mais de 20 anos escrevendo na área de Política e Economia. Conheceu grandes personalidades com quem teve o prazer em conviver como Cláudio Abrão e Bóris Casoy. Trabalhou no plantão da madrugada da revista ao lado de Valmir Salária e Décio Piccini. Em 1996, mais um convite, desta vez pela ABRANET (Associação Brasileira de Internet), ainda no período da explosão da “Bolha da Internet”, assumiria o cargo de diretor executivo de redes. Trigo comenta que tinha pretensões em trabalhar no site da Uol, ainda quando estava na Folha. Se ofereceu por muitas vezes, mas falhas foram as tentativas.

No ano de 1992, começa a dar aulas em faculdades. Em 2003, chega a Unip, onde acaba se tornando coordenador do curso de jornalismo do campus Norte. Trigo se diz bem sucedido na vida profissional. Apenas têm uma frustração: Não ter escrito nenhum livro. Pois muitos de seus colegas haviam feito, sentindo-se como se algo lhe faltasse para contemplar sua jornada na área. Mas se tivesse oportunidade, não deixaria de falar sobre comunicação. Em relação a referências, Trigo diz que são poucas, apenas admira os trabalhos de Gilberto Dimenstain e do próprio Bóris. Um dos pontos positivos que o jornalista destaca tenha sido o convite para trabalhar na Folha de São Paulo. Não teve grandes decepções, mas afirma que esses tipos de situações ocorrem durante a vida. “Conhecemos as malas por acaso. Não devemos colocar grandes expectativas e entusiasmo nas pessoas, pois podemos ter grades desilusões”. – Diz Trigo.

Trigo ainda aconselha os novos ingressantes na área em relação ao curso, enfatizando o crescimento dos novos meios de comunicação. “Vejam com carinho a área da tecnologia, façam blogs. Se tiverem oportunidades, façam linguagem de corporação, comprem revistas, mexam no computador, estejam atualizados. Entrem de cabeça nesta área que é muito rica de conhecimento”. – Comenta o jornalista.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mercado virtual aumenta seus lucros com games

A produção de jogos tem aumentado ao longo do tempo com novidades em criação, designer e jogabilidade, trazendo grandes resultados para as indústrias digitais da área

Por: Leandro Massoni


A nova geração está cada vez mais ligada as novidades do mercado tecnológico. Um dos grandes responsáveis pela movimentação são os jogos eletrônicos, que desde a década dos anos 1960, vêm trazendo muitos adeptos, os chamados “gamemaníacos“, que estão por dentro de todas as novidades deste mundo virtual.

A produção de games está envolvida nas pesquisas acadêmicas há cerca de 10 anos. Assuntos pesquisados em diversas áreas como cultura, educação, comunicação, cognição, negócios, criação, desenvolvimento, projetos, entre outros, fazem parte da criação desses jogos. O fato é como entender que uma idéia pode se transformar em código, ou seja, como a linguagem natural se transforma em uma linguagem mecânica para se fazer um jogo digital. O Senac de São Paulo desenvolve um curso de pós-graduação em produção de games e programação em 3D, inteligência artificial, simulação de física e jogos em rede, modelagem e animação, game cultura, game design e empreendedorismo voltados para a produção de games.

Um dos casos que movimentaram nesses últimos dias foi o vazamento do novo jogo da série Mortal Kombat, febre da garotada em jogos de luta. Segundo o portal do G1, a Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), concluiu que o caso aconteceu na filial da Sony em Manaus, apreendendo nove cópias do jogo para o PlayStation 3. O suspeito da operação, o funcionário da empresa Kaleb Kettle, de 26 anos, foi indiciado pela polícia como receptação do jogo e vazamento de informações. Segundo Kaleb, possuía relações com um vendedor ambulante do estado que havia fornecido o jogo falsificado. Sem ter se dado conta que o lançamento do novo Mortal Kombat seria no dia 19 de abril, nos Estados Unidos, Kettle começou a divulgar que possuía jogo, publicando fotos na internet para provar aos amigos que suas afirmações eram verdadeiras.

As redes sociais também possuem uma parcela de participação no desenvolvimento dos jogos. A Vostu, empresa americana criada em 2007 por três estudantes da Universidade de Harvard, Daniel Kafie, Mario Schlosser e Josh Kushner, conquistaram o mundo e seus investidores com a produção de jogos on-line como FarmVille e CityVille. No Brasil, foi investido os aplicativos para o Orkut, que possui mais de 50 milhões de usuários. Jogos como Mini Fazenda, Café Mania, Joga Craque, Vostu Poker, PetMania e Rede do Crime. A Vostu possui escritórios em Nova York, Buenos Aires e São Paulo, com mais de e 260 funcionários, com valor de mercado de aproximadamente 300 milhões de dólares. Segundo a companhia brasileira da empresa americana, Tahiana D'Egmont, carioca de 25 anos, o objetivo é continuar investindo os aplicativos no Orkut, e mais pra frente, expandir para o Facebook.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Jornalismo Esportivo de forma diferente


Gustavo Furtado, produtor esportivo da TV Bandeirantes fala de sua vida profissional

Por: Leandro Massoni

De forma descontraída e irreverente, Gustavo Furtado chegou à produção da TV Bandeirantes ainda quando estava terminando a faculdade de jornalismo. Na palestra realizada no dia 23 de Março com a turma do 5º semestre de jornalismo na Universidade Paulista (Unip) do campus Norte, Gustavo conta que uma de suas primeiras experiências na televisão foi quando ajudou José Luis Datena na transmissão de um jogo de vôlei do Brasil onde teve que fazer a descrição das jogadoras do time rival.Gustavo começava a se destacar em seu trabalho. A oportunidade de efetivação se concretizou e acabou se tornando produtor esportivo da emissora.

A primeira viagem internacional aconteceu em 2009, quando a seleção brasileira de futebol foi disputar a Copa das Confederações na África do Sul,onde se sagrou campeã. Após o trabalho feito, sua carreira começa a deslanchar. Chega a acompanhar a equipe da Bandeirantes na Copa do Mundo de 2010 com a seleção, fazendo a cobertura completa sobre as principais notícias dentro da concentração dos jogadores. 

Com grande bagagem de experiência no mundo esportivo, Gustavo foi eleito como melhor produtor esportivo. Chegou a ser sondado pela Rede Globo para fazer parte a equipe de produção. 

Por fim, o produtor esportivo deixou claro para os estudantes de comunicação social que o estágio na área jornalística, independente aonde seja a atuação, é muito importante para o crescimento e a vivência em cada função. Gustavo ainda deixou seus contatos aos alunos no final da palestra.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Plebiscito sobre armas: A questão em discussão

Por: Leandro Massoni


O grande problema está novamente em debate: O uso e a comercialização de armas de fogo. Segundo o novo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, ao ser entrevistado pelo portal G1, afirmou que não seria necessária uma nova vistoria a população com relação ao desarmamento, em razão a tragédia do realengo, onde o ex-estudante de uma escola pública estava portando uma arma de fogo e teria cometido o incidente ao disparar contra os alunos. Sendo que muitos fatores acabam entrando em jogo como o bulling, o psicológico de uma pessoa e a razão que a leva em adquirir uma arma, seja para se defender ou cometer atrocidades como evidenciado. A questão proposta por Sarney no Senado, e já debatida em 2005 volta à tona: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”

Segundo o Ministério da Justiça e a ONG “Viva Rio”, mais de 16 milhões de armas estão em circulação por todo o país. Mais de 34,3 mil casos de homicídios à bala por ano foram registrados. O que prova que o Brasil ainda precisa repensar sobre este caso, e que ainda não teve grandes resultados em relação à inibição do comércio de armas. Somos vítimas de uma sociedade que porta consigo armamentos para se proteger. Somos vitimas de nós mesmos, ao comprarmos uma arma e incentivar o uso dessas artilharias, tornando o país em um lugar perigoso de se conviver.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A vida artística dentro das ruas

Por: Leandro Massoni


Dedé Passos atua como artista de rua há mais de 34 anos em São Paulo. Capixaba do Espírito Santo, já trabalhou como lavrador antes de chegar a capital paulista. Chegou a servir como faxineiro na Secretaria da Fazenda do Estado. Mas desde pequeno, sempre manteve o sonho de tornar seu trabalho com a música em algo de maior expressão. O artista havia trabalhado na antiga boate Sombra Sol, que era localizada no bairro da Consolação, na frente do cemitério. Ganhava cachês bem remunerados por fora de empresas por apresentação.

Hoje, morador da Cidade Tiradentes, seu dia-a-dia é considerado “imaginário”, pois não há lugares definidos aonde se apresenta. Dedé conta que consegue ganhar em média de R$ 20,00 a R$ 30,00 reais por dia, além de trabalhos por fora como divulgação de propaganda de empresas de sapatos e restaurantes, além de animar festas de aniversários. Nas ruas, quando se apresenta nas calçadas, bares e praças, as pessoas jogam o dinheiro do próprio condomínio para ajudar o artista.

Dedé conta que quando o clima fica ao seu desfavor fica muito difícil para realizar seus shows, além dos estabelecimentos onde possa trocar de roupa. “Quando chove, não dá para trabalhar. Preciso trocar a roupa em algum restaurante, tendo que consumir algo para que cedam o espaço.” – Afirma o artista. A fiscalização não se torna um problema como ocorre a outros artistas, pois já conhece seu trabalho nas ruas. “A fiscalização não fica em cima. Apenas uso o microfone para fazer a micagem, usando o tom da minha voz.” – Completa.

O artista capixaba revela que quando sua família soube que estava cantando nas ruas, não aceitou sua decisão de tornar a música como seu sustento. “Minha família me chamava de louco por cantar nas ruas. As pessoas me aplaudiam, gostavam do meu trabalho. Pois eu vejo que não teria colocação melhor no mercado de trabalho fora das ruas. Tenho sonho de um dia viajar e conhecer outros países como Portugal e Espanha, pela cultura e a civilização.” – Diz Dedé. O artista também já passou pelo mundo das drogas, mas relata que esse fato não lhe causou nada. “Quando trabalhava na boate anteriormente, o baterista da banda usava drogas. Me deram um dia um whisky com uns comprimidos dentro do copo. Comecei a sentir meu corpo de outra forma, mas nada de grave correu.” – Afirma. Dedé diz que a maioria dos artistas que se apresentam em casas de shows, boates e outros lugares usam qualquer tipo de substância química para se desinibirem em cima do palco. No seu caso, a bebida lhe torna um modo de enfrentar o público sem medo, criando mais coragem para se apresentar. “Não sou alcoólatra, ás vezes tomo alguma coisa no barzinho. Tenho sim coragem mesmo estando sóbrio, mas faço isso para ficar mais descontraído. Mas vejo que todo o artista é meio tímido. É preciso ter o dom e o talento para se ter a coragem.” – Explica Dedé Passos.

A homossexualidade é um dos assuntos que envolvem o preconceito por parte da sociedade. Dedé diz que não se importa pelo que falam de sua parte, e que hoje conquistou o respeito e a admiração por boa parte das pessoas que o assistem em suas apresentações. “Hoje em dia, me chamam apenas de cantor. Apenas fazem algumas piadinhas como bixa, essas coisas. Acho que o povo ainda é ignorante. Algumas vezes fazem caras feias para mim, mas muitos me respeitam pelo meu trabalho e até brincam comigo. Acho que se eu não cantasse, seria mais um qualquer.” – Afirma o cantor de rua. O capixaba mantém contato com as produções do Programa do Ratinho, no SBT, do Pânico na TV, na Rede TV, e do Show do Tom, na Rede Record, onde havia passado na pré-seletiva do quadro “Ridículos”, que faz uma paródia do programa Ídolos, exibido pela própria emissora, garantindo que o ajudariam, caso houvesse eventos onde o artista pudesse exibir suas performances. “Quando fui me apresentar na televisão, no Programa do Ratinho, a produção censurava os xingamentos por parte do público.” – Completa Dedé. Além disso, o artista de rua têm como objetivo montar sua própria boate ou uma casa de shows.

Ao ser perguntado sobre o trabalho de outros artistas de rua, com relação à valorização por parte da sociedade, Dedé vê que muitas pessoas não enxergam o empenho e a dedicação desses artistas amadores. “Têm muitos que fazem esses tipos de trabalhos de rua variados e apenas ganham uma caixinha” – Relata. Muitos artistas que fazem seus shows em praças e a céu aberto também costumam fazer “bicos”, dependendo o que seja melhor, mas a própria mídia da TV acaba valorizando mais a imagens desses artistas. O próprio artista capixaba cita o nome de Rodela, que faz suas aparições na TV esporadicamente. “Um artista acaba ajudando o outro, só precisa ir atrás das oportunidades. Qualquer canal que o chamar ele tem que ir para apresentar seu trabalho. As pessoas pensam que você é louco, mas é preciso enfrentar tudo isso, porque senão o artista não ganha para sobreviver” – Afirma Dedé Passos.

Agora, a meta de Dedé Passos é procurar todos os tipos de canais de mídia e comunicação que possam fornecer ajuda e de pessoas entretidas nesse meio.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Matéria do Jornal do Brasil publicada no dia 12 de Novembro de 1910

Revolta no porto agitou a noite do dia 11 de Novembro, deixando a cidade inquieta pelos disparos e por grande alvoroço

A rebelião dos marinheiros começou as 22h00. Indignados pelo tratamento que lhes eram oferecidos. A noite desta sexta-feira foi tumultuada por disparos de tiros, deixando o 2º Tenente Álvaro Alberto gravemente ferido, após ser apunhalado pela esquadra.

Por: Leandro Massoni


A cidade viveu uma noite turbulenta com a revolta dos marinheiros no porto. Havia um boato que o JB havia escutado que algo estava fora do normal na esquadra. O Arsenal da Marinha não conseguiu dar uma resposta sobre o fato. Mas ao ser observado no mirante, algumas unidades de guerra como o Minas Gerais, que usavam seus holofotes e as sirenes das lanchas ecoavam que algo estava acontecendo.

Os disparos dos tiros evidenciavam que o conflito estava armado. A praça de guerra encontrava-se fechada, sem acesso aos pedestres. Muitos oficiais da Armada tiveram que permanecer no local por muito tempo. Segundo o 2º Tenente Trompowsky, do Batalhão Naval, o motivo da revolta seria devido à escassez de praças a bordo para o serviço, que era demasiado. O fato haveria de ter começado as 22hs, quando o Capitão de Mar e Guerra, Batista Neves voltava do Navio-Escola francês Dughay Trovin, onde participava de um jantar com o comandante La Croix de Gastries, em retribuição pelos elogios aos franceses. Chegando a bordo no porto, foram recebidos pela grande fuzilaria, obrigando-os a fugir, ao acharem que estavam desabrigados e desarmados.

Segundo Trompowsky, os marinheiros haviam apunhalado o 2º Tenente Álvaro Alberto, que estava em serviço na ocasião. Segundo ainda o Capitão-Tenente medido Dr. Raymundo Catanhede, compareceu a bordo do Minas Gerais para atender o Tenente Álvaro, com estado gravíssimo, junto com o Almirante Gavião Pereira e o capitão Batista Neves, após Trompowsky prevenir os almirantes referidos.

O presidente da República estava na Tijuca numa festa em comemoração ao Dr. Fonseca Hermes, quando foi avisado pelo Ministério da Marinha sobre a rebelião. Foi para sua residência, em Guanabara, onde alguns amigos o aguardavam. O Ministro do Interior e comandante da Força Policial havia dito que se tratava de uma exigência da esquadra, para por fim no regime do castigo corporal, exigindo uma resposta de consentimento e promessa quanto ao pedido, sob pena de bombardeamento a cidade.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Casamento Gay vira polêmica e debate na sociedade

Por: Leandro Massoni

Já era de se esperar que esse fato fosse acontecer.A união homossexual foi legalizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 05 de Maio, elevando o Brasil como um dos países que já tomaram medida semelhante. Mas a grande discussão que está sendo evidenciada é a oposição do Vaticano e as fortes críticas da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com relação às medidas tomadas para a concretização do casamento gay. Segundo o Papa Bento XVI, o fato pode ser visto como uma ameaça a toda a criação, atingindo a base biológica da diferença entre sexos.

Podemos entender que a lei seja para combater o preconceito pelo homossexualismo, mas devemos nos preocupar sobre como a sociedade vai encarar esse fato. Muitas pessoas podem achar normal e até positivo a relação. Outros discordam plenamente da medida imposta pelo STF, levando em conta como nossa sociedade poderá conviver com pessoas do mesmo sexo fazendo demonstrações de carinho e afetividade em público. Fato que até antes da lei já era presenciado.

Outro ponto que devemos tocar seria a educação da criança convivendo com a situação. O STF também legalizou a adoção e registro por parte das pessoas do mesmo sexo. Mas o que pode implicar, muitas vezes, é o entendimento da relação homossexual, tirando aquela figura da relação entre pai e mãe. A formação de opinião pode ser uma grande decisão na vida de uma criança.

O casamento gay ainda está sendo muito debatido, não apenas pelas opiniões do vaticano e a Igreja Católica, mas os evangélicos estão batendo firme contra a união homossexual. O pastor Silas Malafaia havia dito ser contra, pelo fato da composição familiar de homem, mulher e filhos, e que esse fato poderá implicar na criação. Alguns cantores gospel mais conhecidos como André Valadão, Aline Barros e Fernanda Brum, foram durante criticados pelo pastor, por não se pronunciarem em relação ao caso.

É necessário entender que nossa sociedade está sofrendo grandes transformações e alterações nas formas de relacionamento como estamos vendo. O casamento gay é um fato que pode impactar as nossas opiniões e nos permite fazer uma reflexão sobre a liberdade de expressão e o respeito a decisão de uma pessoa pela opção sexual.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

A China por outro olhar

Palestra com Rodrigo Manzano discute sobre as principais mudanças que o país vem passando em relação a economia e o crescimento de usuários em redes sociais.

Por: Leandro Massoni


A China é um dos países que passa por grandes transformações nestes últimos anos. Pode ser inacreditável que um país que antes não tinha tanta abrangência global, e que hoje, está cada vez mais dando saltos importantes em áreas como a economia e a tecnologia, sobretudo, no uso das redes sociais. Na palestra realizada no dia 06 de Abril deste ano para os alunos de Jornalismo da Unip, Rodrigo Manzano, diretor editorial da Revista Imprensa, relatou sobre as principais mudanças que afetaram no modo de vida dos chineses.

O jornalista discutiu sobre as mudanças nos padrões de comunicação. A questão da mídia se estendeu por todo o país. A TV, o rádio e a internet tendo papéis importantes na concepção de uma nova China, chamada de “Xinhua”. A questão dos territórios como Macau e Tibete influenciou nos processos políticos. A província Tibete temia que os Estados Unidos tomassem seu território e tomassem conta de seu governo. A religiosidade dividida entre budistas, taoristas e católicos também foram pontos citados por Manzano.

As mudanças rápidas na China são resultados em investimentos financeiros, transformando o país em uma potência mundial. Um dilema chinês usado pelo jornalista para sintetizar a idéia do jornalista, “não importa o que seja (no caso, Manzano se referia entre capitalismo e o socialismo), o importante é que o gato pegue o rato”, descreve a busca da população pelo enriquecimento. No jornalismo, novos agentes internacionais na geopolítica do país e o investimento em pessoas para cobrir informações em várias partes do mundo. Um dos casos que o jornalista relatou durante a palestra foi a empresa Google ter batido de frente com o país chinês., por causa da freqüência de pessoas navegando no site de busca, mas voltou atrás, pois não queria perder a média de mais de 20 milhões de usuários.

Além disso, Rodrigo Manzano ainda falou sobre a sua experiência na BBC e do uso do manual, o Editorial Guidelines, considerado um dos melhores manuais de jornalismo no mundo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Por trás dos conflitos

Leão Serva, editor do jornal Último Segundo, discute sobre como os acontecimentos durante a guerra podem ganhar noticiabilidade, além de seu ponto de vista sobre suas experiências dentro dos conflitos, o poder da imprensa em suas coberturas e como a tecnologia interfere nos processos de produção jornalística.

Por: Leandro Massoni Ilhéu


Como fazer uma cobertura durante uma guerra? Foi uma das perguntas que o jornalista Leão Serva prefere não discutir. Autor do livro “Jornalismo e Desinformação”, afirma que as coberturas feitas pela imprensa durante os conflitos podem não ser totalmente verdadeiras, sem discussões de opinião entre os órgãos. Sendo citado o caso de demissão do jornalista Peter Arnett da NBC, por ter contado a “verdade”, segundo O Estado de S. Paulo. O papel desempenhado pela imprensa brasileira e internacional vem sendo visto de forma tradicional, mas não há o engajamento e o comprometimento como alegado.

Ao fazer uma análise sobre o atendimento médico, considerado “frio”, Serva diz que o jornalista deve exercer frieza quando deparado com casos de mortes, mas que não necessariamente, seja uma pessoa sem sentimentos. Alguns fatores psicológicos que os próprios soldados dentro de uma guerra passam interferem em seu sistema nervoso, vivendo traumas pelas cenas sofridas. Mas para a opinião do jornalista, apenas lhe acrescentou a valorização para aquilo que seja mais importante ou não em sua vida.

Questionado sobre sua teoria escrita em seu livro em relação a deformação da informação e o que afetaria na submissão de informações para o povo americano, Serva afirma que esse conceito não faz parte da manipulação explícita, realizada pelos comandos militares, mas a população fica anestesiada a opinião pública, evitando reações contra a guerra. A longevidade de um fato também foi apontada em sua obra, quando depois de muito tempo, ela acaba deixando de ser notícia.

Fazendo uma comparação com as coberturas realizadas pelo Al-Jazeera e a CNN, Serva diz que a imprensa árabe apenas faz uma cobertura copiando os modelos da rival, mas sendo vista de uma forma mais interessante, reveladora e engajada. No final, o jornalista ainda falou sobre a questão do desrespeito dos EUA com o Conselho de Segurança, ressaltando que a ONU ainda continuará intervindo nos conflitos, mas sem o mesmo carisma de credibilidade que a entidade possuía anteriormente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Redes Sociais: A melhor forma para comunicação

Palestra realizada no dia 30 de Março com os alunos de Jornalismo da Unip discutiu sobre os modos de uso das redes sociais, além de alertar sobre os perigos na internet.

Por: Leandro Massoni


A palestra apresentada pelo membro do Grupo de Pesquisa em Marketing do MARCO/PUC-SP, consultor em comunicação e blogueiro, Wesley Moreira Pinheiro realizada no campus Norte na Universidade Paulista (Unip) para os alunos do 5º semestre do curso de Jornalismo, abordou sobre o uso constante das pessoas pelas principais redes sociais, que são redes de relacionamento com outras pessoas por meio da internet (Orkut, Facebook, Twitter,Msn, entre outras).

Wesley conta que os sites pornográficos deram muita popularidade para a internet antes do advento das redes sociais, que assumiu o topo de utilitários na rede. O pesquisador disse que quando se trabalha com a criação de um portal precisa pensar em diversos públicos, ações e opiniões. Wesley cita a empresa Coca Cola que havia feito um site para o produto Fanta, direcionando um assunto específico. Além de falar sobre os sites de compra de produtos, como Groupon e Submarino.

A ética também prevalece no uso da web. Segundo Wesley, o congestionamento de pessoas acessando a internet acontece nos horários das 10h00 às 14h00 e das 19h00 às 20h00. O fluxo de pessoas acessando sites influencia no comportamento e no uso da internet para busca de informações. Citando o nome do Google, o principal site para buscas de informações.

Com relação ao uso do e-mail, Wesley alerta para seu uso, principalmente em alguns casos. O “e-mail espião” usado por muitas empresas para a busca por dados de clientes. As correntes sociais, que são mensagens enviadas sobre algum caso que deve ser repassado para outras pessoas lerem e fazerem o mesmo processo, podendo ser aproveitados ou não, dependendo do conteúdo mostrado. Os e-mails marketing servem para a divulgação de um produto ou um serviço na web. Muitas empresas usam por necessidade e ansiedade em atrair novos clientes, sendo que muitos até desistem de ler o conteúdo por conta do número de mensagens enviadas em sua caixa de entrada. O buz marketing (marketing de boca-a-boca) para indicar e compartilhar o que seja confiável.

Os hackers, principais causadores de problemas nas redes de usuários, conseguem extrair informações, mandando e-mails contendo conteúdos falsos, sempre pedindo que o usuário abra um link para visualizar uma imagem ou informação, contaminando toda sua rede com vírus, podendo destruir o HD do computador, perdendo todos seus dados.

Wesley relata que existe um padrão de comportamento que faz com que as pessoas migrem para outras redes sociais com o passar do tempo, como do Orkut para o Twitter ou Facebook. E dessa forma, o Orkut acaba se tornando marginalizado, sofrendo preconceito as pessoas que ainda utilizam a rede de relacionamentos. A exposição pessoal, vinda do fenômeno das mídias sociais, compartilhando informações e notícias para todos e a questão da popularidade acabam se tornando fatos para seu uso por várias pessoas. Um dos casos que comprovam essas informações é do estudante brasileiro que virou um dos líderes na Líbia por mandar notícias sobre o que está acontecendo usando as redes sociais e mobilizando as pessoas para acompanharem os acontecimentos.

O pesquisador ainda discutiu sobre a super valorização dos meios digitais por parte das empresas que precisam se adequar aos novos meios de comunicação para divulgação de um produto ou um serviço. Para a criação de uma página na web, as empresas precisam de planejamento na captação e na administração de recursos, definição do público-alvo, repercussão e resultados, além do conteúdo que atinja todas as necessidades.

No final de sua palestra, Wesley deixou seus contatos para os alunos de jornalismo presentes na sala.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Lazer em mãos

Saiba em quais lugares acessíveis você pode visitar em um final de semana sem se preocupar com o bolso.

Por: Leandro Massoni


A rede SESC promove a arte e a cultura para diversos públicos




Crédito: Google

Quem disse que o lazer e o entretenimento só é para quem tem dinheiro? Existem inúmeras possibilidades para se visitar lugares agradáveis a diversos públicos, gastando menos do que você pode pensar. Na capital paulista, o que não falta são atratividades como o “cinema de sábado à noite”, casas de shows, teatros, restaurantes e os famosos “Fast Foods” pelas regiões de Santana, Boa Vista, Jardins, Paulista, Vila Madalena, Pinheiros, entre outras localidades.

A cultura pode-se dizer que é um “prato cheio” para quem deseja adquirir conhecimento e se divertir ao mesmo tempo. Os SESCs localizados por São Paulo divulgam sempre grandes eventos tanto na música, teatro, cinema, esporte e para a terceira idade. As apresentações de cantores consagrados na MPB, Blues, Jazz e até de fora do país levam muitas pessoas a ver e apreciar seus trabalhos. As sessões de teatro e cinema com exibições de grandes obras produzidas por companhias, produções literárias e curtas metragens. No esporte, o SESC possui espaço para quadras de futsal, natação, academia de ginástica, corrida, etc. Os preços para essas atratividades variam de R$ 20,00 a R$ 50,00, sendo meia-entrada para quem possui carteirinha ou acima dos 60 anos, ou até mesmo de graça, dependendo de qual seja os eventos.

Para quem é acostumado a ver variedades de produtos em vitrines de lojas de renomes importantes, os shoppings disponibilizam acesso para todos os públicos, considerando que o movimento durante os finais de semana são mais consideráveis. Além do passeio, o cinema não fica de fora. O preço em média dos ingressos variam entre R$ 8,00 a R$ 12,00, sendo que estudantes apenas pagam a metade do preço. Os restaurantes e lanchonetes disponibilizam um ambiente mais agradável e mais à vontade para seus consumidores.

Os projetos desenvolvidos pelo governo do estado como o “Escola da Família” inserem jovens a práticas de esporte e aprimoramento cultural nos finais de semana, estimulando-os para uma vida longe dos perigos nas ruas. Para Débora de Lima Félix, de 27 anos, os programas instituídos são válidos para favorecer pessoas de baixa renda e de classes menores, levando em consideração aonde a juventude se encontra. “Os jovens de hoje não se interessam pela cultura, a leitura e pelo desenvolvimento de seus conhecimentos, e isso faz com que lês venham a viver de qualquer maneira, sem perspectiva de um futuro. Esses programas incentivam esses jovens a cultura, a leitura, a música, entre outras, melhorando suas perspectivas e os encaminhando a um futuro empreendedor.” Diz Débora.

E para quem quer curtir uma balada à noite e não pagar muito, se divertindo e interagindo com várias pessoas, as casas de shows localizadas na região paulista que oferecem várias opções para diversos gostos (Eletrônica, Black, Dance Bar, Pagode, Samba, Coutry, Sertanejo, LGBT, etc.). Os valores das entradas variam de R$ 20,00 a R$ 80,00, dependendo de qual seja o estilo da balada, fora o que você consome durante a noite.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Juventude em risco no alcoolismo

As bebidas alcoólicas que são vendidas em baladas, boates e estabelecimentos públicos ganham cada vez mais a presença de adolescentes com faixa menor de idade no consumo desenfreado.

Por: Leandro Massoni

Muitos desses jovens dessa nova geração, entre seus 20 e 30 anos, ou que já começam a despertar para o mundo da maioridade, na faixa entre 18 anos, costumam freqüentar bares, casas noturnas e festas entre amigos, virando a noite, voltando para suas casas somente no dia seguinte. Mas o que não é comum nesses últimos tempos é o número de casos de jovens envolvidos no consumo de bebidas alcoólicas que vêm aumentando. As pesquisas apontam que jovens entre 15 anos começam a beber por costumes familiares ou quando freqüentam as baladas com amigos.

Uma pesquisa feita pelo levantamento nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira revela que mais de 27% dos jovens que freqüentam bares ou baladas consomem bebidas alcoólicas, sendo que os números para os homens são de 28%, e para as mulheres, de 23%. Na faixa de idade, o consumo fica em torno de 38% para os jovens de 18 a 24 anos, e dos 25 aos 34 anos, fica a 26%.


Tabela do consumo de bebida alcoólica por localidade, sexo, faixa etária e região do país

Local

Total

Sexo

Idade

Região

M

F

18/24

25/34

NO

CO

NE

SE

SUL

Bar/Restaurante próximo à Escola

5%

6%

3%

4%

3%

7%

7%

8%

3%

8%

Bar/Balada

27%

28%

23%

38%

26%

37%

18%

34%

27%

13%

Casa de amigo

11%

13%

9%

16%

10%

5%

27%

12%

11%

8%

Casa de parentes

9%

8%

11%

7%

11%

7%

6%

9%

13%

4%

Evento esportivo

1%

1%

0%

1%

2%

0%

0%

0%

1%

1%

Festa

17%

16%

19%

19%

20%

14%

7%

14%

12%

35%

Restaurante

2%

1%

4%

1%

2%

6%

0%

2%

1%

3%

Sua casa

23%

22%

24%

13%

22%

22%

29%

18%

24%

26%

Outro

5%

5%

7%

1%

4%

2%

6%

3%

8%

2%

Fonte: www.espacocomenius.com.br

Quanto em relação a preferência por parte do pessoal mais jovem, a tradicional cerveja é a campeã entre o consumismo em bares, boates e baladas, com 52%, sendo um número significante. O vinho vem logo atrás com 35%, destilados (Cachaça, Rum, Uísque, Vodca, etc.) aparecem com apenas 7%. Os energéticos, uma das principais bebidas que vêm crescendo nestes últimos tempos, são novas alternativas para os jovens que gostam de passar as noites, cheios de energias e com muita disposição, como se

estivessem “ligados” em uma adrenalina pulsante. Doces, levemente gaseificadas e com sabores de frutas, os energéticos estão em suspeitas das autoridades de saúde e fiscalização, pelo que podem fazer mal ou ajudarem o organismo. Segundo matéria realizada pela Revista Veja, a psicóloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ilana Pinsky, relata que o consumo dos energéticos podem ser considerados um perigo a mais, apesar de terem teor alcoólico igual ao das cervejas.

Fonte: www.espacocomenius.com.br

Os locais para a comercialização de bebidas alcoólicas e pontos de referência acabam sendo os bares, padarias, em frente de casas noturnas, baladas e até mesmo em frente a escolas e onde tenha movimento de jovens, sendo uma forma indireta de atraí-los para um alcoolismo prematuro. Esse tipo de venda é considerado irregular pela fiscalização, pois muitos proprietários de estabelecimentos fazem a comercialização para menores, sem a solicitação de documentos. Segundo pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pela Unifesp, mais de 90,4% dos donos de bares admitiram não ter checado a idade dos consumidores adolescentes antes de serem feitas as vendas de bebidas, e 80% nunca solicitaram documentos. Dentre esses números, 76% dos vendedores não fazem qualquer tipo de controle quanto a quantidade de bebidas que um cliente pode consumir.